Viriato(1)

Isso aí. Vou ser obrigado a assistir de camarote o Mekor tomar uma nas fuças. Vamos torcer para que ele esquive.

Apenas para saber se meu cálculo está correto, ok?

Tirei 1 no dado... mais 5,75 = 6,75. Mais 1 em testes de iniciativa, por conta de eu possuir reflexos rápidos. 7,75. Porém, como sou o líder, neste ataque, não soma 1, soma 2... 8,75.

Porém, ainda em reflexos em combate, parece que esse bônus de +2 em testes de iniciativa são extensíveis ao meu lado, ou seja, aos meus comandados, não é isso? (pág. 20 do módulo básico que baixei aqui do fórum). Se for assim, isso foi somado aos bônus da galera?

Bom, na verdade, sim, mas se não houver problema, prefiro manter o bônus de +2 na iniciativa, apenas para o personagem que possui a vantagem, além dos bônus para surpresa e sacar rápido. Fico com medo de um "espelhamento de bônus" se muitos membros do grupo possuírem essa vantagem, o que levaria a um acúmulo do bônus para cada personagem que tivesse a vantagem. Além do que, fica mais simples de levar assim. Com Reflexos, então, sua inciativa é 8,75. Realmente, agora tudo depende do teste de esquiva de Mekor...vamos lá.

O teste de esquiva será feito assim: velocidade do agressor+1d contra velocidade da vítima+1d. Vamos ver...

O membro 'Delos' realizou a seguinte ação: LANÇAR DADOS

#1 'Dado de 6 faces' :


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#2 'Dado de 6 faces' :

Muito bem! Mekor conseguiu esquivar do ataque fatal: a lâmina crava-se vigorosamente no tronco de uma árvore próxima enquanto vocês ainda ouvem o som da espada cortando o ar. Akastos testa sua perícia Arco normalmente para acertar o oponente...

O membro 'Delos' realizou a seguinte ação: LANÇAR DADOS

'Dado de 6 faces' :

Akastos acerta o braço do humano, jogando-o ao chão. Bastante doloroso, pelo jeito. O segundo orc se rende.

Claro que é uma decisão sua, como mestre, manter o bônus de reflexos em combate apenas para o possuidor da vantagem, porém eu fico muito feliz em ter compreendido bem como ele funciona. Como lhe disse, estou aprendendo GURPS.

Quanto ao "espelhamento", não faz o menor sentido. Reflexos em combate, pelo que entendi, trata-se de não ser pêgo de surpresa, de perceber os movimentos e intenções dos oponentes. E irradia-se aos companheiros por meio de avisá-los. Portanto, não há como ser um bônus cumulativo. Receber dois avisos para o mesmo caso não agilizam mais do que receber apenas um. O máximo que admito como possível é que uma pessoa com reflexos em combate (bônus +1) receba o bônus +2 caso esteja sendo liderada por outra pessoa com a mesma vantagem. Ou seja, ela não fica com +3 (bônus dela + bônus do líder), ela fica com a melhor opção para o caso. Apenas o bônus provido pelo do líder.

Bem, mas ao jogo: os bundas-moles se rendem, é hora de mandar todos eles largarem as armas, empurrando-as com os pés para frente. E depois digo aos meus para amarrá-los. Quero fazer um ligeiro interrogatório.

A vantagem Reflexos em Combate tem bônus diferentes para a mesma situação em contexto diferente. Prefiro mesmo manter o bônus fixo de +2 à iniciativa, sem que a vantagem possa alterar a iniciativa dos aliados. Acho mais simples assim...
De qualquer forma, o orc e o humano depõem suas armas e são amarrados sem demora por seus aliados. O orc ainda diz:

- Vocês tão fudidos, tá sabendo? A gente faz parte do bando do Matusk e ele vai matar suas famílias na frente de vocês antes de desmembrá-los...

Tranqüilo. como será aplicada a vantagem cabe a ti, no seu jogo. Eu acato.


Mas seguindo:

— Então vocês e esse tal de Marmaduk é que andam rondando por aqui, não é? Agora vão piar direitinho pra mim. Que que vocês estão fazendo pro estes lados? Canta, vagabundo!

E mando uma esbofeteada de mão fechada no orc.

O orc, com cara contrariada, deixando transparecer que o maior desejo dele, neste momento, seria desmembrar todos vocês, diz, por entre os dentes, com a boca sangrando:

- Estamos aqui por dois motivos: primeiro, para fazer o que sempre fazemos, ou seja, roubar daqueles que são fracos demais para se defender. E, em segundo lugar, Matusk agora deve um favor a um importante necromante e, como parte do pagamento, nos mandou pegar um monte de meninas virgens para esse necromante...o motivo exato eu desconheço, mas esses caras que mexem com necromancia...
-Cala essa boca, Terk - interrompe o humano com o braço sangrando e com a flecha ainda enterrada na carne - se a gente falar com esses caras, o Matusk mata a gente. Vamos mandar eles tomarem no cú, eles vão matar a gente de qualquer jeito, mesmo!

Ouvir sobre o rapto das meninas tingiu meus olhos! Eu saco a faca e mando que segurem o humano. Enfio a lâmina no meio da virilha (por cima de suas calças mesmo) e giro rapidamente, para cortar o saco ou o pinto do desgraçado. Depois viro para o orc:

— Agora, Terk! Vai querer também, ou vai me contar bonitinho que história é essa das meninas? Tão pegando mulher onde? Levando pra onde?

E viro pro humano, que deve estar se contorcendo:
— E tu! Vai se preparando, que já já vai comer os bagos!

Bom, o humano grita terrivelmente. Parece que o doloroso ferimento no ombro foi até mesmo anestesiado, devido a dor inimaginável e intolerável imposta a suas agora destruídas genitais. O grito dele é tão alto e medonho que até seus aliados ficam com medo. O orc muda de cor. De verde escura, sua pele passa a verde clara. Ele se apressa em dizer:

- Não, não façam isso comigo!!! Eu faço qualquer coisa que você quiser, falo qualquer coisa que você quiser!!! O Matusk morreu quando um cara rasgou o bucho dele. Aí um necromante ressuscitou o cara, mas pediu que a gente juntasse 7 virgens para ele sacrificar em um ritual em homenagem a Talak, deus da morte, protetor dos necromantes. Eu não sei bem o que, mas é coisa grande que ele tá fazendo. A gente tá sondando as menininhas destes lados e, quando confirma que é virgem, levamos pro tal necromante. O nome dele é Jokarum, e a gente tá levando as menininhas prum lugar chamado Arkaba, um desfiladeiro de pedra que fica longe pra caralho, lá no reino Vanária. O tal ritual será feito lá. A gente tá juntando as menininhas em Vari, drogando elas pra não encherem o saco, e as que não são virgens a gente vende por lá mesmo, como escrava. É tudo o que eu sei, juro por todos os deuses!

Cantou tudo que eu queria saber.

Eu cato minhas coisas, enquanto digo a meus acompanhantes:

— Não temos tempo a perder! Precisamos chegar a Vari antes que eles levem as moças. Matem estes merdas enquanto eu me ajeito, ou eles são bem capazes de ir contar ao chefe deles que estamos no encalço.

Assim que terminar de me arrumar, eu irei pegar minha faca, cortar um pedaço de um dos corpos e esfregar um pouco no mato, rapidamente, fazendo um perímetro de odor, para atrair os animais silvestres. Eles darão jeito nos cadáveres.

Tão logo o faça, é hora de montar a cavalo e seguir reto e firme nossa rota. Preciso alcançar meus parentes e contar-lhes a notícia enquando corremos para Vari.

Beleza. Seus companheiros, transtornados de raiva pelo relato do orc, têm o maior prazer de matar os ladrões. Provavelmente você encontrará Adolfor, o fanfarrão lá pela metade do caminho, voltando do contato com seu pai e seu tio.

Perfeito. Então, apenas para constar: recolho e arrumo rapidamente meu equipamento, instruo a todos para que recolham as flechas atiradas, estejam elas destruídas ou não. E que recolham o que acharem melhor dos corpos. Corto alguns pedaços para espalhar o sangue num perímetro, conforme eu disse no email anterior.

Feitos estes preparativos, toco para o ponto de encontro 1 e, caso não veja ninguém, ponto de encontro 2, até encontrar Adolfor ou meus parentes. Vamos tomar rumo no passo mais rápido que possamos, cortando todas as paradas de descanso que pudermos (sem nos matarmos, veja bem), porque sei que perdemos um bom tempo nisto.

Beleza. Depois de pouco tempo de cavalgada, já é possível avistar ao longe o cavalo de Adolfor. Ele se apressa, e quando tem certeza que poderá ser ouvido, diz a vocês:

- Viriato, pai, Mekor, Akastos. Encontrei os dois no caminho. Viriato, seu pai conseguiu acalmar teu tio e eles estão esperando numa clareira aqui perto. Mas seu tio tá muito desesperado, acho que vai ter um troço. Ele não pára de bufar e tá respirando muito estranho!

— Então guia a gente, Adolfor! — eu berro, lambendo as omoplatas do cavalo com duas chicotadas das rédeas, a fim dele acirrar o galope. Tenho as boas notícias de saber um pouco mais sobre o destino de Cinira, embora este seja sombrio no momento. Quanto a meu tio, se bem o conheço, ele deve estar estourando de nervosismo e pode muito bem ter um "ataque de desgosto". Grosso que sou, pretendo acalmá-lo com a bebida, então já vou apalpando o odre e pensando em como lhe passar a conversa, rapidamente, para que ele se sente e beba um pouco. Mas isso veremos quando eu chegar à clareira, portanto, a galope!

Muito bem. Vocês vão a todo galope ao local onde seu pai e seu tio estão. Em poucos minutos de cavalgada vocês os encontram. Seu tio está caído ao chão estrebuchando. Seu pai está mais do que desesperado, sem saber o que fazer. Seu tio agarra o peito com força, como se quisesse arrancar o coração e respira pela boca. A coisa parece estar preta. Seu pai te avista e diz:

- Viriato, teu tio tá tendo um mal-estar grave!!! Temos que fazer alguma coisa!!! Me ajuda aqui!!!

Pronto! O velho vai infartar! Só que eu sou um bronco, que não faz idéia do que esteja acontecendo com ele, muito menos tenho tato para lidar com isso. Pulo do cavalo desesperado, odre ainda na mão, chego perto de meu pai.

Eu estou amuado, totalmente sem saber o que fazer. Me agacho ao lado de meu tio, e de frente a meu pai, olhando de um para o outro, nervoso. Suor brota de meu rosto!

Vou aguardar alguma ordem direta de meu pai, algo que me faça sair deste estupor. Ou, claro, de algum dos acompanhantes, se por acaso algum deles souber algo de medicina, o que não acho tão provável, mas pelo menos um deles mostrou-se um homem bastante incomum.

Bom, seu pai te tira do estupor, mas apenas para dar ordens inespecíficas, do tipo "faz alguma coisa", "ajuda aqui", e coisas do tipo. Akastos, afasta rapidamente a todos, abre a camisa de Darmek, seu tio, e esfrega ervas com um cheiro agradável pelo peito do enfartado, numa massagem longa.
Os minutos passam. Ele põe mais ervas. Mais minutos passam...
Parece que Darmek consegue melhorar um pouco...mas nesse momento....

Um homem ao longe, uns trinta metros mata adentro, grita, provavelmente um grito de morte. Outros sons de combate fazem-se perceber, junto com o relinchar medonho de cavalos que parecem ter visto o final dos tempos!

Akastos diz: Fica um de vocês para me ajudar. Vamos pôr Darmek num cavalo e voltar para Jarish. Não tem condições de ele continuar do jeito que está. Não sei nem se ele vai sobreviver a esta noite. O resto de vocês, vai ver o que foi isso. Se forem muitos bandidos, fujam de volta para Jarish, lá a gente vê o que fazer. Se não forem muitos ( o semblante de Akastos muda, assumindo um tom de ira semelhante ao de Mekor quando ceifou a vida da esposa) matem todos.

Eu me levanto.

- Pai, fica com meu tio! Eu vô ver que que é isso no mato! Se aparecer alguém, dá um grito.

Dito isto, embrenho-me a pé mato adentro, com quem quiser acompanhar-me. Quero ver se chego perto do local o mais silenciosamente possível para ter tempo de avaliar a situação. O arco já está à mão, eu deixo minha aljava devidamente descoberta, e a posiciono no cinto, para não precisar sequer pensar muito na hora de puxar as flechas.

Tudo bem, Viriato. Todos os demais o seguem. A cena que vocês vêem é a seguinte: um dos mais conhecidos e mortíferos capangas de Matusk, conhecido como Refilas, com um porrete na mão, e indo atacar um homem caído, com andrajos de camponês. O homem está com uma faca no peito e muito sangue enxarcando suas roupas. Refilas ainda não os viu devido à mata que os acoberta e a concentração do assassino em utilizar o porrete para arrematar o serviço que ele provavelmente começou. Há dois cadáveres próximos ao combate, um de um homem negro desconhecido e outro de Aminus, outro conhecido assassino a serviço de Matusk, o mandante dos sequestros das virgens. Tanto o negro desconhecido quanto Aminus têm um porte físico invejável - ou tinham, agora que são comida para vermes!
De qualquer modo, seus aliados estão próximos o bastante para ver sinais que você venha a fazer para eles. Talvez também possam ouvir, mas aí seria possível que Refilas ou seu inimigo desconhecido, que pode perfeitamente ser um bandido rival, também ouçam. O que fazer?

Opa.... Pode ser que esse aí saiba algo de minha prima.

Eu faço um círculo horizontal com a mão, para meus companheiros, para que eles entendam que vamos cercar o filho da puta. Meu plano é parecido com o anterior, apenas que não irei matar o desgraçado de uma vez só, eu quero falar com ele primeiro. Enquanto meus colegas saem, já vou preparando uma flecha. Vou mirar na perna do Refilas e manter na mira.

Beleza. Todos os seus aliados entenderam seu sinal e começam a executar o plano. Tanto você quanto eles terão que fazer um teste de Furtividade com bônus de 3 ou DX normal para ver se conseguem se deslocar furtivamente para as posições. O bônus é grande porque Refilas está concentrado em seu combate. Os testes seguintes são na seqüência: Adelbar, Adolfor e Mekor, que são seus aliados remanescentes: